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EDITORIAL

LONGO CAMINHO, QUE SE QUER ACOMPANHADO

Começa agora o longo caminho que levará a que uma cidade portuguesaseja declarada Cidade Europeia da Cultura 2027. Bragaestá na dianteira, depois de Lisboa, Porto e, mais recentemente,Guimarães terem ostentado esse título. No entanto, o processoque levou a que essas três cidades fossem consagradas comeste honorífico título foi totalmente diferente do processo queatualmente define a escolha. Desde logo, passou a ser um processode candidatura das cidades que ultrapassam duas fasesaté se conhecer o vencedor, em vez da indigitação pelo Governoda cidade.
Ainda assim, contando com o (grande, demasiado grande até)handicap que é fazer parte de uma região que já teve duas capitais,
Braga tem hipóteses de chegar longe na candidatura. E,mesmo que não chegue lá, pelo menos passou por um processode estruturação e sistematização de informação sobre os agentesculturais, os espaços, as dinâmicas, que é importante para seperspetivar investimentos e ações até 2030, pelo menos.
Na primeira parte do trabalho que estamos a fazer sobre estacandidatura, Joana Fernandes, o rosto por detrás da candidatura,afirma que isso vai depender dos bracarenses. Será que elesquerem ser Capital Europeia da Cultura?
Neste momento, não interessa tanto o que que se fez até aqui,mas o que a cidade se propõe fazer daqui em diante. E é aí queentram os bracarenses: de que forma vão receber esta ideia, coloca-la em prática e desenvolvê-la.
Aceitar as fragilidades e torna-las oportunidades; potenciar aqualidade do tecido cultural e artístico, dando-lhe ferramentasde criação; receber inspiração do exterior, com residências artísticasque contaminem os artistas locais; criar uma identidadecultural, explorando-a ao limite; criar uma ‘movida’ que não seesgote nos agentes culturais, mas que chame mais público aosdiferentes ‘palcos’ onde a cultura se desenvolve. Poderá ser poraqui que o sucesso da candidatura vai ser avaliada. Independentementedisso, embora não tão importante como conquistar otítulo e tudo o que daí advém, o processo será igualmente revigorantepara o terceiro maior concelho do país.
Acompanhem, então, os bracarenses quem está a liderar o processo.
Na próxima edição, mostraremos quem poderá fazer a diferença.

ESPECIAL

RICARDO RIO

PRESIDENTE DA CÂMARA MUNICIPAL DE BRAGA

Ricardo Rio assegura que, da parte do município e de toda a equipa que está ligada ao processo, esta é uma candidatura vencedora, estruturada e pensada para transformar a cidade. E não se pense que a transformação é exclusivamente cultural, porque os objetivos inscritos no programa geral de candidatura da União Europeia referem que a sustentabilidade, a reabilitação urbana ou a proteção ambiental, por exemplo, podem ser objetivos das candidaturas. Conheça as ideias do presidente da Câmara Municipal, entidade promotora da candidatura de Braga.

Porquê que Braga merece ser Capital Europeia da Cultura (CEC) 2027?
Eu diria que uma candidatura a Capital Europeia da Cultura é um projeto de comunidade, uma afirmação de uma marca e de um conjunto de compromissos que vão muito para lá da atividade cultural no sentido restrito – tem dimensões económicas, tem dimensões sociais, tem dimensões de sustentabilidade, até de inclusão, como se pode constatar na nossa Estratégia Cultural – e tem de ser um projeto mobilizador. Eu acho que há poucas cidades e poucos territórios no país que tenham conseguido congregar uma visão conjunta de futuro com um alinhamento estratégico entre as instituições e com um envolvimento tão forte por parte dos cidadão para aquilo que será a Braga do futuro. Nesse sentido, eu diria que Braga, para lá do que são os atributos históricos, do que são os aspetos naturais, da dinâmica cultural da cidade, dos seus agentes e do potencial que temos para o futuro, tem um espírito de comunidade muito forte, muito enraizado, e é isso que queremos fortalecer com esta candidatura. Tudo nos leva a crer que seremos merecedores desse reconhecimento.

ESPECIAL

LÍDIA DIAS

VEREADORA DA CULTURA DO MUNICÍPIO DE BRAGA

A Vereadora da cultura do Município de Bragadefende que é fundamental a captaçãoe retenção de valores criativos no concelho,assim como a promoção de políticasque facilitem a instalação de indústriascriativas. Com um discurso realista, masconfiante, Lídia Dias não embandeira em arco e estabelececomo fundamental a conjugação de esforços paraque Braga consiga ser Capital Europeia da Cultura em2027, mas alerta para a importância que um documentocomo a Estratégia Braga Cultura 2030 tem para o concelho,referindo que é o plano A que vai orientar a açãoe política culturais nos próximos 10 anos.

Quais as ideias fundamentais para o lançamento desta candidatura?
As ideias fundamentais prendem-se, em grande parte, com aquilo quesão as propostas de trabalho para os próximos 10 anos consubstanciadasna Estratégia Braga 2030 que foi recentemente aprovada. Passa por capacitaro tecido cultural e criativo de base local, apostando no reforço decompetências e potenciando a sua internacionalização; promover a produçãode conhecimento; reforçar capacidade de trabalhar em rede, entreagentes e instituições; valorizar o património bracarense como fonte inspiradorapara a criação artística contemporânea; promover a inclusão e aparticipação ativa de todas as comunidades nestes processos de trabalho;valorizar a paisagem e o património natural como traços fundamentais daidentidade cultural do território.

EDITORIAL

JOANA FERNANDES

COORDENADORA DA ESTRATÉGIA BRAGA CULTURA 2030 E DA CANDIDATURA DE BRAGA A CAPITAL EUROPEIA DA CULTURA 2027

Esteve ligada a vários projetosculturais, sendo convidadapara gerir dois dos processosmais importantes para a culturado concelho de Braga: aEstratégia Braga Cultura 2030e a Candidatura de Braga a Capital Europeiada Cultura 2027. Está satisfeita como processo que decorreu atá aqui, de todaa definição da estratégia para a próxima
década, mas espera e acredita que osBracarenses estarão ligados à candidaturaque vai ser apresentada dentro de dias.O sucesso depende a intervenção de todos,para uma candidatura que terá de sermais arrojada e surpreendente que as restantescandidaturas, até para ultrapassara questão que poderá ser um entrave: aproximidade com Guimarães e Porto, asúltimas Capitais Europeias da Cultura,em 2012 e 2001, respetivamente.


Quem é Joana Fernandes?
Trabalhei sempre como consultora de projetos culturais, desde o início da minha atividade profissional, colaborando essencialmente com entidades públicas, como Municípios mas também outras como a Fundação de Serralves, por exemplo. A minha relação com Braga teve início em 2011, ainda com o anterior executivo municipal, com uma série de candidaturas para a Capital Europeia da Juventude 2012 – uma das quais garantiu a reabilitação deste espaço onde estamos [gnration] e outras candidaturas que financiaram a programação desse evento. Depois disso, acompanhei o projeto gnration após a conclusão da obra, no que disse respeito à proposta de gestão do mesmo. Estive ligada à primeira noite Branca de Braga, através da Entidade Regional de Turismo “Porto e Norte”, em 2012. Colaborei com a Associação de Municípios Quadrilátero Urbano, que inclui Braga, Guimarães, Famalicão e Barcelos, no mapeamento do setor cultural e criativo deste território. Há uma confusão relativamente à Capital Europeia da Cultura de Guimarães, da qual não fiz parte. Essa confusão vem do facto do sócio da empresa em que eu trabalhava, o Carlos Martins, ter sido diretor executivo da CEC. Quando ele suspendeu as funções na empresa para assumir o cargo, eu fiquei como responsável da empresa.

EDITORIAL

TODOS SÃO IMPORTANTES
NESTA LUTA

A nossa capacidade de auto desculpabilização pode criar um grave problema, não apenas a nós, mas a todos: “Foisó um descuido … Foi só uma vez que facilitei, de certeza que não aconteceu nada. Fui a uma área de grande concentraçãode pessoas infetadas, mas regressei a casa sem qualquer cuidado, porque não me parecia que as pessoas com quem contactei estivessem doentes…”
Agora que não estamos fechados em casa, somos chamados a mostrar a nossa capacidade de resiliência e superação, de perceber que isto ainda não terminou e que sóquando acabar vamos poder regressar a algo mais aproximado do que considerávamos "vida normal".
Este desafio é feito diariamente, nas ruas, nos estabelecimentos comerciais, restaurantes, cafés. As empresas foram obrigadas a reduzir espaços, adotar medidas de prevenção,
mudar hábitos de funcionamento. Nós também temos de fazer a nossa parte, porque o esforço é de todos, para que todos possamos voltar a ter o que gostamos.
É normal que todos queiramos ter as demonstrações físicas de afeto, isso faz parte da nossa maneira de ser, portugueses e latinos. É normal que todos queiramos as festasno terraço com toda a família, quantos mais melhor; de ir ao cinema ou ao teatro, sem as limitações que existem; de ir a um evento musical ou ao futebol. Não é o mais importanteda vida, efetivamente, tal como é comer ou dormir, mas é o que nos completa e faz com que tudo isto faça sentido.
Para que tudo volte a fazer sentido, somos todos importantes nesta luta, fazendo a nossa parte.

ENTREVISTA

FILIPE SOUTINHO

DIRETOR-GERAL DA TECMINHO

Criada há 30 anos, a TECMINHO apoiou cerca de 150 start-ups e quase 50 spin-offs da Universidade do Minho, além de auxiliar na apresentação de centenas de patentes e tecnologia. O trabalho tem sido realizado essencialmente nos concelhos do Minho – inicialmente, com Braga, Guimarães, Famalicão e Barcelos, mas paulatinamente, abrangendo todo o território nacional; a ambição de crescer e globalizar-se já permitiu colaboração com várias entidades a nível mundial, um trabalho que é para fortalecer nos próximos anos. A atividade da associação empresarial passará, no futuro, por valorizar, ainda mais, os três vetores (o triple hélix) que são a base do crescimento económico, ligando conhecimento, tecido empresarial e instituições de poder local, como as autarquias e as comunidades intermunicipais.

EM FOCO

OBRA DA CRUZ VERMELHA PORTUGUESA AVANÇA PARA A FASE DE RECONSTRUÇÃO

O grupo tecnológico português, PRIMAVERA BSS, no âmbito da campanha “BRAGA COM A CRUZ VERMELHA”, uma iniciativa lançada publicamente em junho do ano passado, acaba de anunciar a sua contribuição, com 50 mil euros, para as obras de reconstrução no edifício da Sede da Cruz Vermelha Portuguesa (CVP) da Delegação de Braga, situado na Avenida 31 de Janeiro em Braga.
Esta iniciativa tem como objetivo envolver toda a sociedade num projeto de grande relevância para a cidade de Braga, já que o edifício estava completamente degradado, não garantindo segurança aos colaboradores e voluntários da instituição e sem condições para o funcionamento dos vários serviços que disponibiliza sobretudo à comunidade mais vulnerável.
Segundo Jorge Batista,

OPINIÃO

SEQUESTROS EMOCIONAIS

ANA RAQUEL VELOSO

Deparei-me com esta expressão quando relia o livro Inteligência Emocional do Goleman. O autor utiliza este termo referindo-se a aqueles momentos em que as nossas emoçõessequestram o nosso cérebro e nos fazem agir sem qualquer autodomínio. Obviamente que as consequências que as consequências destes atos são sempre penosas,para não dizer catastróficas.
Enquanto pensava no tipo de ações que se cometem quando estamos nesse estado de sequestro emocional, interrogava-me sobre o que fazer para evitar que isso acontecesse.
Como em qualquer situação de stress, esta também pode ser evitada, mas no momento em que ocorre pouco ou nada há a fazer…
No livro que estava a ler era descrita uma cena de um homicídio que teria ocorrido na sequência de um assalto que se pretendia pacífico. Curiosamente, ou não, nesse mesmodia havia visto um vídeo de uma atriz famosa que tinha sido vítima de um assalto que tudo tinha para correr mal, no entanto, acabou por ter um desfecho pacífico. Por que razãoacontecem estas coisas? Por que razão uma mesma situação tem desfechos tão diferentes?

SAÚDE

"O MEU FILHO TEM DOIS ANOS E NÃO FALA"

RAQUEL MARTINS

"O FILHO TEM DOIS ANOS E NÃO FALA!”, é uma expressão utilizada por muitos pais na primeira consultade avaliação de Terapia da Fala. Nesta primeira consulta,muitos pais vêm reticentes se devem ou não vir àconsulta, porque já ouviram várias opiniões. Uns dizemque a criança ainda é pequena, outros dizem que temosde lhe dar tempo,… mas como costumo dizer, emconsulta, em brincadeira, o coração de mãe nunca seengana.De facto, aos dois anos de idade é expectável que acriança apresente um vocabulário expressivo relativoà sua rotina diária e que construa pequenas frases “dácarro zuuu (= dá-me o carro azul” por exemplo. Apesardo processo de desenvolvimento de linguagem serum processo gradual e distinto de criança para criança,se aos dois anos de idade o seu filho não fala, ou nãose faz entender, SIM, DEVE FAZER UMA CONSULTADE AVALIAÇÃO POR UM TERAPEUTA DA FALA.

O seu browser não suporta este tipo de vídeo.

www.revistasim.pt

ESPECIAL

NOVA REALIDADE OBRIGA A AJUSTES

175 ANOS DA ASSOCIAÇÃO COMERCIAL DE BRAGA

O encerramento compulsivo dos estabelecimentos de comércio e serviços da região de Braga trouxe problemas de tesouraria impensáveis a comerciantes e empresários, com várias empresas em
risco de encerrar e com problemas para sobreviver.
Neste contexto, a Associação Comercial de Braga está a trabalhar para fornecer aos associados ferramentas necessárias para apoiar os empresários, de forma a evitar encerramentos e despedimentos.
Nos 157 anos da instituição, fomos perceber como a instituição está a lidar com mais uma crise – das muitas pelas quais já passou ao longo da sua existência.

ESPECIAL

REGRESSO À NORMALIDADE

"Gostaria de homenagear os nossos bombeiros, pelo trabalho que têm feito neste momento tão difícil"

Responsáveis pelo transporte de doentes, infetados ou com suspeita de infeção pela COVID, os bombeiros estão na linha da frente do combate à doença, tendo, por isso, cuidados redobrados de higiene e segurança.
Todos os dias, mais que uma vez, várias equipas vão para o terreno. Se até agora houve alguma dificuldade em comprar equipamentos de proteção adequados, o apoio da Câmara Municipal de Braga e de algumas empresas e particulares, amigos dos bombeiros, aliviaram o peso de uma instituição que sobrevive, grosso modo, dos transportes de doentes… que agora estão reduzidos aquase zero.

CULTURA

OFICINAS PARA CRIANÇAS REGRESSAM EM FORMATO DIGITAL

https://forms.gle/npWkF7f2pqJbGXNZ6

ficinas em Casa” é um conjunto de 4 oficinas que traz de volta as oficinas do Theatro Circo para público infantil.
Habitualmente desenvolvidas nas instalações do Theatro Circo durante as pausas letivas, as oficinas do Theatro Circo regressam agora, a partir de 30 de maio, adaptadas ao contexto atual, permitindo às crianças a participação ativa nas mesmas a partir de casa, bastando para
tal, o acesso a um computador com ligação a internet.
Conceptualmente, as oficinas para crianças continuam a propor o desenvolvimento de projetos criativos tendo por base detalhes e histórias do Theatro Circo.
Intitulada “Ilustramos um Conto?”, a primeira oficina acontece a 30 de maio e convida os participantes a realizar ilustrações para um conto que se passa no Theatro Circo. A 13 de Junho, a oficina “Um postal quase fotográfico” propõe a criação de postais ilustrativos do Theatro Circo a partir de fotografias antigas submetidas a pintura, colagem e aplicação de materiais.
Na oficina “Como um frame” (27 de junho) os participantes criarão um “quadro” em movimento e, na última oficina, “Imprimimos” (11 de julho), os participantes são desafiados a criar um “carimbo” de impressão a partir de um símbolo gráfico relacionado com um pormenor do Theatro Circo.
As oficinas destinam-se a crianças com idades compreendidas entre os 6 e os 12 anos e têm a duração de 1 hora. A participação é gratuita e implica inscrição prévia através do formulário que se encontra no link https://forms.gle/npWkF7f2pqJbGXNZ6. Mais informações e detalhes em www.theatrocirco.com.

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Gilbert Keith Chesterton

“Não foi o mundo que piorou, as coberturas jornalísticas é que melhoraram muito”

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